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Juíza nega parcialmente pedido de Musk contra Twitter em mais um capítulo da disputa judicial
Advogados do bilionário queriam que Justiça obrigasse rede social a dar nomes e dados de 22 funcionários envolvidos na identificação de robôs na plataforma, mas decisão só lista um


Um pedido da defesa de Elon Musk foi parcialmente negado nesta segunda-feira 15 pela juíza da Corte de Delaware, nos EUA, onde é travada a guerra jurídica entre o bilionário e o Twitter em torno da desistência dele de comprar a rede social por US$ 44 bilhões.
Os advogados de Musk pediram na semana passada que a juíza Kathaleen St. J. McCormick, responsável pelo caso, obrigasse o Twitter a indicar os nomes de seus empregados responsáveis pela avaliação de quanto da base de usuários do Twitter é formada por contas artificiais de spam ou robôs.
Musk acusou o Twitter de ocultar possíveis testemunhas-chave para sua linha de defesa no processo, no qual a rede social pede que a Justiça obrigue o empresário a cumprir o acordo de compra.
Nesta segunda-feira, a magistrada negou praticamente todo o pedido. Ela afirmou que o Twitter não precisava “coletar, revisar ou produzir documentos” de nenhum dos 22 funcionários que Musk requisitou, exceto um: Kayvon Beykpour, ex-diretor de Produto ao Consumidor do Twitter.
Beykpour foi o mais alto executivo na área de produto do Twitter por anos antes de ser demitido repentinamente pelo novo CEO da empresa, Parag Agrawal. Foi a equipe de Beykpour que mais diretamente foi responsável pela expansão da base de usuários do Twitter nos últimos anos, e é a qualidade dessa base que Musk questiona para abandonar o acordo de compra.
Os advogados de Musk haviam pedido à juíza do caso para forçar o Twitter a identificar os funcionários para que a defesa do bilionário pudesse ter acesso aos seus registros e questioná-los. Musk cancelou o acordo de compra da rede social alegando que a empresa não teria dado informações completas sobre a atuação de robôs (bots) entre os usuários a plataforma.
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