Sustentabilidade

Queimadas na Amazônia atingem o maior número desde 2010

Sob a gestão Bolsonaro, a região registra o quarto ano consecutivo de recorde em área destruída pelo fogo

Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real
Apoie Siga-nos no

Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira 1, mostram que a região amazônica registrou o pior mês de agosto dos últimos 12 anos em focos de calor. É o quarto ano consecutivo que os alertas superam 28 mil. 

Apenas no último dia 22, a região teve 3.358 alertas de foco de incêndio, o pior dia de queimadas em 15 anos. 

De acordo com programa de monitoramento ambiental Copernicus, da União Europeia, a quantidade alarmante de focos de incêndios na Amazônia afetam “seriamente” a qualidade do ar na América do Sul. 

Desde o começo do ano, a região soma mais de 46 mil registros de fogo. São mais de 6,5 mil focos a mais do que o apontamento do mesmo período no ano passado. 

Agosto costuma ser um dos meses de maior incidência de incêndios criminosos na Amazônia, quando fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam parte da floresta para exploração ilegal da região. 

Para o Greenpeace, o número alarmante de focos de incêndio constata que não existe uma política séria de combate ao desmatamento e queimadas.

“Realizamos um sobrevoo de monitoramento de queimadas e desmatamento na região da Amacro (siglas de Amazonas, Acre e Rondônia), e flagramos o maior desmatamento da Amazônia no último ano: cerca de 8.000 hectares, equivalente a 11.000 campos de futebol queimando”, afirma Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil. “Participo desses monitoramentos há mais de dez anos, e nunca tinha visto um desmatamento tão grande e também com tanta fumaça”.

Do total de focos de calor observados, 13,8% ocorrem em Unidades de Conservação e 5,9% em Terras Indígenas. Os dados apontam o avanço da grilarem em terras públicas e florestas não destinadas. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo