O Ministério do Meio Ambiente não foi incorporado à pasta da Agricultura como desejou Jair Bolsonaro em um primeiro momento, mas, em um ano de governo, teve seus interesses alinhados aos desejos de grileiros, garimpeiros ilegais e manda-chuvas do agronegócio.
No comando geral da pasta, que viu crescer os índices de desmatamento da Amazônia em 29,5%, segundo o Deter, está o “primeiro ministro do meio ambiente que é antiambientalista”. É assim que Ricardo Salles é descrito por Marina Silva, ex-ministra da pasta nos anos de governo Lula e ex-candidata à Presidência da República.
Marina Silva foi a convidada de CartaCapital para comentar o ano de 2020 em 10 pontos sobre o meio ambiente. Um dos nomes mais importantes do ativismo ambientalista no Brasil e no mundo – Marina é ganhadora do prêmio Campeões da Terra de 2007, concedido pela Organização das Nações Unidas -, a ex-ministra é descrente de que 2020 possa fazer com que o governo realize as medidas necessárias para se romper um ciclo de destruição no âmbito nacional e internacional.
A esperança, para ela, ainda reside pela atuação da sociedade civil e da comunidade científica, que disputam as narrativas do negacionismo institucionalizado do governo Bolsonaro. Confira a entrevista completa:
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login