Política

Lideranças pedem decreto de estado de emergência climática na Amazônia

Carta reúne 29 recomendações aos países da região para salvar a floresta do ponto de não retorno até 2025

Integrantes dos povos indígenas de diversos países pan-amazônicos acompanham a Cúpula da Amazônia de 2023. Foto: Evaristo Sa/ AFP
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A Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia recomendou nesta terça-feira 8 que os governos decretem estado de emergência climática para salvar a Floresta Amazônica de um ponto de não retorno até 2025. Um documento será entregue aos chefes de Estado da região durante a Cúpula da Amazônia.

“Somos os povos da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo que regula o clima do planeta. Vivemos nos rios, nas matas, nos campos e cidades e sofremos com a devastação, envenenamento e a destruição do nosso território”, diz um trecho da carta. “Por isso, exigimos que nossos governantes proclamem o estado de emergência climática na nossa região.”

Lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas e movimentos populares reivindicam que governadores da Pan-Amazônia – composta por Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas, Suriname e Brasil – criem medidas para cessar a exploração predatória da região e, assim, proteger 80% do território atual.

Entre as 29 ações indicadas estão:

  • endurecer o combate ao desmatamento e à mineração ilegal;
  • fornecer segurança jurídica ao titular em todos os territórios indígenas;
  • investir na transição energética para cortar a dependência de hidrelétricas e da exploração de petróleo.

Outro ponto defendido diz respeito aos países que “historicamente mais provocaram as mudanças climáticas” durante seus projetos de desenvolvimento. As associações defendem que essas nações “cumpram o compromisso assumido há mais de uma década” de fornecer 100 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento a transição energética.

Confira a íntegra da carta e as 29 recomendações:

Carta APTA

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