Empresários da UE defendem sanções contra o Brasil por desmatamento

Parlamentares do bloco também já demonstraram preocupação ambiental com o acordo UE-Mercosul

Desmatamento da Amazônia brasileira. Foto: Marizilda Cruppe/Amazon Watch/Amazônia Real

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Um estudo feito a pedido de partidos ecologistas da União Europeia revelou que 49% dos empresários do bloco estão preocupados com o impacto ambiental decorrente de um acordo entre UE e o Mercosul. A informação é do jornalista Jamil Chade.

Segundo o levantamento, quase a metade dos empresários concorda que o Brasil deva ser forçado a cumprir com as metas ambientais relativas ao desmatamento por meio de sanções. 

“A maioria dos líderes empresariais pesquisados (49%) acredita que a melhor maneira de abordar essas preocupações ambientais seria através de cláusulas juridicamente vinculativas, incluindo sanções em caso de não conformidade”, aponta do documento.

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira 31, ouviu 2,4 mil empresários da Alemanha, Bélgica, Holanda, Espanha, Itália e França. 

Os índices de desmatamento no Brasil faz com que países do bloco apresentassem relutância contra o acordo econômico entre UE e Mercosul, em trâmites há mais de 20 anos. 


Em 2019 os representantes da UE e do Mercosul entraram em entendimento, no entanto, o acordo ainda precisará ser ratificado pelo Parlamento Europeu para entrar em vigor. 

A França já anunciou que caso não haja reação quanto as obrigações ambientais por parte do Brasil, não ratificará o acordo. 

Segundo o Itamaraty, os países europeus têm colocado percalços contra o acordo para proteger as economias locais da concorrência com os produtos brasileiros. 

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