Braskem deve ser responsabilizada por crime ambiental em Maceió, diz ministro

Renan Filho, ex-governador de Alagoas, defende que prefeitura, estado e União não devem ser responsabilizados

O ministro dos Transportes, Renan Filho. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Enviado a Maceió (AL) para acompanhar o caso do colapso iminente de uma mina da petroquímica Braskem, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que a empresa deve ser responsabilizada judicialmente pelo que chamou de “crime ambiental” na capital alagoana.

Em publicação nesta sexta-feira 1º na plataforma X, o ex-governador de Alagoas disse que “não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve”. 

Para o ministro, “a Braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses”.

Renan Filho afirmou que a responsabilidade não deve ser terceirizada “nem para o governo federal, nem para o governo do estado, nem para a prefeitura”. Ao lembrar o período em que foi governador (2015-2022), ele destacou que não aceitou fazer um acordo pecuniário com a empresa, porque ninguém poderia saber a extensão do dano.

Em julho, a Braskem anunciou ter firmado um acordo indenizatório de 1,7 bilhão de reais com a prefeitura de Maceió, referente ao afundamento de solo. O termo diz respeito a um projeto de extração de sal liderado pela Braskem que, por causa do afundamento, deixou mais de 50 mil pessoas desabrigadas. 

A conta pelo prejuízo não se restringiu à prefeitura. Em outubro, uma decisão da primeira instância determinou que a empresa pague cerca de 1,1 bilhão de reais ao governo do estado. Cabe recurso.


Sobre o risco de colapso, que envolve a mina 18, próxima à Lagoa Mundaú, no bairro do Muntage, a Braskem informou monitorar a situação e disse que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências”.

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