Sociedade

Brasil é o segundo país mais letal para ambientalistas, aponta relatório internacional

Uma em cada cinco mortes de ativistas ambientais ocorreu em território amazônico em 2022

Foto: Kenzo Tribouillard/AFP
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O Brasil foi o segundo País que mais matou ambientalistas em 2022, ficando atrás apenas da Colômbia. A conclusão consta no relatório Standing Firm, divulgado na terça-feira 12 pela ONG Global Witness.

No ano anterior, 177 ambientalistas foram assassinados no mundo e 88% dos casos ocorreram na América Latina. No período, ao menos 39 das mortes ocorreram na floresta Amazônica, dos quais 11 eram indígenas.

Em 2022, a Amazônia foi marcada por um caso emblemático sobre a violência letal contra ativistas ambientais. Em junho daquele ano, as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips estampou os jornais em todo o mundo.

O número registrado em solo brasileiro representa um crescimento de 23,6% em relação a 2021, quando o país contabilizou 26 óbitos de ativistas ambientais. O cenário é ainda pior na Colômbia, que saltou de 33 para 60 mortes – um aumento de quase 50%.

Segundo o relatório, a violência em solo nacional é preocupante e foi agravada pela política anti-ambientalista do governo de Jair Bolsonaro, marcado pelo desmonte de órgãos ambientais e por políticas que tentaram legalizar a exploração do território amazônico.

Indígenas no centro da violência

De acordo com a Global Witness, 39 dos ativistas assassinados no mundo em 2022 eram de origem indígena, o equivalente a 36% do total. A entidade pontua a necessidade de ampliar a proteção dos defensores na América Latina, região que concentra o maior número de assassinatos e também da permanência de povos originários – principalmente na floresta amazônica, que banha os dois países líderes no ranking.

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