O desmatamento na Amazônia em 2022 foi o maior registrado nos últimos 15 anos, segundo monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon.
Entre janeiro e dezembro, foram desmatados 10.573 km², uma área equivalente a quase três mil campos de futebol por dia.
Os dados apontam ainda que 2022 marcou o quinto recorde anual de desmatamento na Amazônia. Pará, Amazonas e Mato Grosso seguem no ranking de maiores destruidores florestais entre os estados. Apenas no Amazonas, a devastação cresceu 24% em um ano.
“Estamos alertando sobre o crescimento do desmatamento na Amacro pelo menos desde 2019, porém não foram adotadas políticas públicas eficientes de combate à derrubada na região, assim como em toda a Amazônia, resultando nesses altos números de destruição em 2022”, afirma Carlos Souza Jr., coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia no instituto.
A proposta do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, envolve o compromisso com desmatamento zero. Para aplicar a nova política ambiental, será criada uma secretaria focada em frear a derrubada das florestas.
Segundo Bianca Santos, pesquisadora do Imazon, a garantia da promessa de proteger a Amazônia depende de o governo buscar “a máxima efetividade nas medidas de combate à devastação, como algumas já anunciadas, de volta da demarcação de terras indígenas, de reestruturação dos órgãos de fiscalização e de incentivo à geração de renda com a floresta em pé”.
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