Política

Alertas de desmatamento na Amazônia caem 33,6% no 1º semestre de 2023

Os dados foram captados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, conhecido como Deter

Em julho deste ano, o site de notícias Portal Novo Norte, de Tocantins, publicou a notícia “Mamata das ONGs e compra irregular de terras na Amazônia serão alvos de CPI” (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)
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O número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira 6 pelo Ministério do Meio Ambiente. Esta é a terceira menor marca desde 2015, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais iniciou o monitoramento das áreas.

A área desmatada entre janeiro e junho deste ano também é cerca de 33% menor que o registrado durante os mesmos meses no ano passado. Mato Grosso registrou o principal aumento de área desmatada no período, com um total de 905 km².

Em junho, o Inpe registrou uma queda de 41% em comparação com junho do ano passado: 663 km² de área desmatada, contra 1.120 km² em 2022.

Os dados foram captados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, conhecido como Deter. A plataforma envia alertas diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares.

De acordo com José Paulo Capobianco, secretário-executivo do Meio Ambiente, a taxa de desmatamento no Amazonas caiu cerca de 55,2% no primeiro semestre deste ano. O estado era uma das unidades da Federação que apresentavam altos índices em dezembro de 2022.

“Neste estado houve uma concentração muito grande de ações do Ibama. Parcialmente isso ajuda a explicar essa redução”, justifica. “Nós atingimos o primeiro objetivo, que foi rever a tendência de alta”.

Correspondente a 59% do território brasileiro, a região da Amazônia Legal é formada por Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Amazonas e parte do Maranhão.

A ministra Marina Silva ressaltou o fracasso do governo de Jair Bolsonaro no combate ao desmatamento. “De 2019 a 2021 foram 550 milhões de reais gastos para o enfrentamento do desmatamento. Isso é mais dinheiro do que nós conseguimos na PEC da Transição. Ainda assim, o desmatamento subia de forma desenfreada”, afirmou.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou o aumento em multas, apreensões e embargos neste ano. De janeiro a junho, foram mais de 2,3 bilhões de reais em multas aplicadas, montante 167% maior que o do ano passado. Além disso, houve 2.086 propriedades embargadas (111% a mais) e 1.283 apreensões (115% a mais).

Veja os dados divulgados pelo Inpe: 

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