Justiça
TJ-SP confirma condenação de homem por torturar o próprio filho
A defesa tentava desclassificar a conduta para o crime de maus-tratos, mas perdeu


A 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, por unanimidade, parte de uma sentença da 1ª Vara Criminal de Jacareí que condenou um homem por torturar o próprio filho. A pena foi redimensionada para dois anos, oito meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto.
De acordo com os autos, a criança vivia sob a guarda da avó paterna. A partir dos 11 anos, quando o pai passou a dividir o imóvel com os dois, o filho começou a ser vítima de ameaças de morte e de agressões.
Relatora do recurso, a desembargadora Marcia Monassi afirmou que a versão da vítima foi “absolutamente consistente” e corroborada pelo laudo pericial.
A defesa, por sua vez, tentava desclassificar a conduta para o crime de maus-tratos.
“A prova oral é uníssona no sentido de que o acusado frequentemente castigava a vítima, com violência, simplesmente por preteri-lo em relação ao filho caçula”, sustentou a relatora.
Acompanharam Monassi os desembargadores Luiz Antonio Cardoso e Toloza Neto. O acórdão é de 22 de dezembro, mas o TJ-SP divulgou a decisão nesta segunda-feira 20.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

STJ anula condenação por tráfico de homem torturado pela PM de São Paulo
Por CartaCapital
PRFs torturaram Genivaldo e mandaram multa à família depois da morte, diz sentença
Por Wendal Carmo
STJ absolve preso que confessou crime à PM paulista sob tortura
Por Wendal Carmo