Justiça

Tiro que matou Ágatha partiu de arma da PM, confirma inquérito

De acordo com o documento, houve um erro de execução por parte dos PMs, que teriam feito um ‘tiro de advertência’

Tiro que matou Ágatha partiu de arma da PM, confirma inquérito
Tiro que matou Ágatha partiu de arma da PM, confirma inquérito
A garota Ágatha Felix, de 8 anos, que foi morta por um tiro de fuzil de no Complexo do Alemão. (Foto: Reprodução/Facebook)
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O tiro que matou a menina Ághata Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão há dois meses, partiu da arma de um cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A informação consta do inquérito da Polícia Civil sobre o caso, que deve ser enviado nesta terça-feira 19 à Justiça.

De acordo com o documento, antecipado pelo jornal O Globo, houve um “erro de execução”: o objetivo não era atingir a criança, mas dar um “tiro de advertência” para forçar a parada de dois homens que estavam numa motocicleta.

A dupla fugiu de uma blitz dentro do complexo. Em seguida, o PM, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Fazendinha, fez o disparo. A tragédia aconteceu no dia 20 de setembro.

Um relatório do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), entregue à Delegacia de Homicídios da capital (DH), apontou que um fragmento de projétil encontrado no corpo de Ágatha tinha ranhuras idênticas à do cano do fuzil usado pelo PM.

O laudo mostra também que a bala atingiu primeiramente um poste. Foi um estilhaço que provocou a morte da menina, perfurando suas costas e saindo pelo tórax. A criança chegou a ser levada para a Unidade de Pronto-atendimento do Morro do Alemão, de onde foi transferida para a emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

O advogado da família de Ághata, Rodrigo Mondego, quer que o autor do disparo seja indiciado por homicídio doloso.

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