Sociedade

Temporal em Petrópolis: número de mortos sobe a 104 e ao menos 35 pessoas estão desaparecidas

Bombeiros e Defesa Civil continuam as buscas; Forças Armadas foram acionadas nesta quinta-feira

Foto: Florian PLAUCHEUR / AFP
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O número de mortos em Petrópolis após a tempestade de terça 15 chegou a 104, sendo oito crianças, segundo a última atualização da Defesa Civil do Rio de Janeiro, por volta das 23h30 desta quarta-feira 16. Ao todo, apenas 24 pessoas foram resgatadas com vida durante as buscas que seguem no local.

O Corpo de Bombeiros informou que ainda não é possível saber o número real de desaparecidos. Até o momento, o cadastro do Ministério Público do Rio de Janeiro contabiliza 35 pessoas nessa situação, segundo o site G1.

Uso das Forças Armadas

Pelo menos 54 casas foram destruídas e mais de 370 pessoas foram acolhidas em abrigos improvisados. Bombeiros e Defesa Civil seguem trabalhando nas buscas. Na manhã desta quinta-feira 17, o Ministério da Defesa autorizou o uso das Forças Armadas no local. A decisão já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Temporal em Petrópolis

Petrópolis recebeu em menos de seis horas um volume de chuva superior ao previsto para todo o mês de fevereiro, conforme a agência meteorológica Metsul.

O governador do Rio, Cláudio Castro, está na cidade. Na noite desta quarta, ele concedeu uma entrevista coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.

“Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, lamentou. “São 89 áreas atingidas, com 26 deslizamentos. Mais de 180 moradores de áreas de risco estão sendo acolhidos.”

Fenômenos extremos

A Prefeitura de Petrópolis declarou “estado de calamidade” na noite de terça-feira para lidar com a emergência.

A meteorologista Estael Sias, em nota no site da MetSul, informou que a precipitação acumulada é incomum e garante que este desastre não é o primeiro nem será o último, dadas as condições climáticas, topográficas e de população da região.

O Brasil passou por episódios de chuvas intensas nos últimos três meses, principalmente nos estados da Bahia e Minas Gerais, que deixaram dezenas de mortos e causaram danos a centenas de municípios.

Os cientistas argumentam que, devido às mudanças climáticas, os eventos extremos se tornarão cada vez mais frequentes.

Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram na região serrana do estado do Rio devido às fortes chuvas, que causaram inundações e deslizamentos de terra em uma vasta área, incluindo Petrópolis e as cidades vizinhas Nova Friburgo, Itaipava e Teresópolis.

Petrópolis, estância de veraneio da antiga Corte Imperial brasileira, é uma cidade de cerca de 300 mil habitantes que atrai um grande número de turistas em busca de história, passeios na natureza e um clima mais ameno em relação ao litoral fluminense, devido à sua elevada altitude.

(Com informações da AFP)

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