Política

Suspeito de planejar ataque a bomba no DF dá detalhes da ação à Polícia

Alan dos Santos, junto com George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza, são suspeitos de terem tentado explodir uma bomba ao lado de um caminhão-tanque

Créditos: Reprodução
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Alan Diego dos Santos, um dos suspeitos de envolvimento no plano de um atentado a bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília, forneceu detalhes à Polícia Civil do Distrito Federal sobre a ação. As informações foram reveladas na edição do Jornal Nacional do sábado 21.

Alan dos Santos, junto com George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza, são suspeitos de terem tentado explodir uma bomba ao lado de um caminhão-tanque, na véspera do Natal do ano passado. A explosão foi frustrada por falha na bomba. O motorista do caminhão, ao perceber a presença do artefato, acionou a polícia.

O plano teria sido articulado no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, que abrigava radicais bolsonaristas. No depoimento, Alan dos Santos teria afirmado que sempre ouvia, entre os presentes no acampamento, conversas sobre explosões. Alan teria admitido que a ação seria o motivo para um pedido de intervenção militar.

O suspeito falou à polícia que os explosivos que chegaram ao Distrito Federal vieram do Pará. Segundo o relato, Washington havia encomendado as bombas. Além disso, revelou que o homem teria feito cursos para aprender a fabricar artefatos explosivos, em Brasília.

Alan dos Santos disse ainda que teria recebido orientação de George Washington, que está preso, para colocar a bomba perto do aeroporto, na área de embarque, mas que preferiu não cumprir a orientação.

Segundo ele, “não achou correto colocar o artefato dentro do aeroporto e, então, mudou de plano e, entre 3h e 4h [da manhã], passou lentamente perto do caminhão-tanque que estava estacionado na via e colocou a caixa no paralama traseiro do caminhão”.

Por fim, o suspeito que, “quando a sua ficha caiu”, procurou um telefone público para comunicar às autoridades policiais sobre a colocação do artefato. A ligação teria sido feita em um orelhão próximo à rodoviária do Plano Piloto. Segundo ele, foi feita uma ligação para o número 190, mas “o atendente não acreditou no comunicado”.

Alan dos Santos estava foragido da Justiça e se entregou na última terça-feira 17 à polícia, na delegacia de Comodoro, a 655 quilômetros de Cuiabá. Sua transferência para Brasília foi autorizada pela juíza Leila Cury, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

Na quinta-feira 19, ele já havia confessado à Polícia Civil que, ao colocar a bomba no caminhão, estava acompanhado por Wellington Macedo de Souza.

Wellington Macedo de Sousa, que trabalhou no Ministério da Mulher no governo Jair Bolsonaro, continua foragido.

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