Sem provas, Bolsonaro insinua que Coronavac pode ter levado voluntário à morte

'Não sei se já chegaram à conclusão, mas esclarece e volta a pesquisar a vacina', disse o presidente nas redes sociais

Foto: Evaristo Sá/AFP

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira 12, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que a morte de um voluntário dos testes da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, poderia ter sido causada pelo próprio imunizante.

 

 

“Pode ser o efeito colateral da vacina também. Tudo pode ser. Não sei se já chegaram à conclusão, mas esclarece e volta a pesquisar a vacina, a Coronavac, da China”, declarou o presidente, sem apresentar qualquer evidência a justificar a insinuação.

“Estão tentando investigar, porque quando uma pessoa comete suicídio geralmente tem um histórico de depressão, a mulher largou ele, o marido largou ela. Uma série de coisas: histórico familiar, perdeu o emprego, perdeu tudo. Vamos apurar a causa do suicídio e daí, obviamente, em sendo suicídio, não tem nada a ver com a vacina”, disse ainda.


 

 

Mais cedo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) concluem que a morte do voluntário teve como causa uma intoxicação aguda por agentes químicos, sem relação com a vacina.

“Os resultados apontam que a morte se deu em consequência de uma intoxicação exógena por agentes químicos. Foram constatadas a presença de opioides, sedativos e álcool no sangue da vítima”, informou a SSP-SP.

 

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