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RJ: Policiais das ‘novas UPPs’ ocupam a região da Muzema e prendem 38

As operações do programa seguem por tempo indeterminado. Até então, não há registro de confronto armado contra milícia nas áreas ocupadas

Policiais ocupam favela do Jacarézinho. Foto: Carl de Souza / AFP
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Depois de ocupar da comunidade do Jacarezinho, na quarta-feira 19, a polícia do Rio de Janeiro tomaram a favela da Muzema, localizada na zona oeste da cidade. Os agentes também ocupam as comunidades Tijuquinha e Morro do Banco, na zona oeste, ambas dominadas pela milícia.

A ação faz parte da implantação do programa Cidade Integrada, que visa substituir as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) encerradas em 2018. Oficialmente, a promessa é levar ‘dignidade e oportunidade’ às comunidades. Na prática, entretanto, a operação forçou o fechamento de unidades básicas de saúde e provocou episódios de invasão às casas de moradores.

Mais de 100 policiais civis e militares do Batalhão Ambiental atuam na comunidade da Muzema. A operação já prendeu 38 homens. O objetivo, segundo a polícia, é o combate ao crime organizado, o comércio ilegal de gás de cozinha, crimes ambientais e construções irregulares.

As operações do programa seguem por tempo indeterminado. Até então, não há registro de confronto armado contra milícia nas áreas ocupadas. A expectativa é de que outras comunidades da Zona Norte e Oeste também sejam ocupadas, como a comunidade Rio das Pedras e o Complexo da Maré, o maior conjunto de favelas do Brasil.

Segundo a PM, parte dos criminosos fugiram da comunidade do Jacarezinho durante a madrugada desta quinta-feira e encontram-se no Complexo de Favelas do Caju e proximidades.

Sem o envolvimento da prefeitura do Rio de Janeiro nas ocupações, pairam incertezas sobre a realização de projetos sociais e apoio às comunidades envolvidas, como prometido pelo governador Cláudio Castro nas redes sociais. De acordo com o governo, detalhes do programa Cidade Integrada serão divulgados oficialmente no sábado 21.

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