Sociedade
Reservatórios de SP operam abaixo da metade da capacidade
Sistema está em estado de atenção


Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Sabesp mostram que o sistema de reservatórios que abastece a região metropolitana de São Paulo está com o volume de água abaixo da metade, um dos níveis mais baixos para o mês de setembro desde o começo da série histórica. O sistema está operando com 49,7% da capacidade, o que o coloca em estado de atenção. Em 31 de agosto, era de 55,6%. O estado de alerta é acionado quando o volume útil chega a 40% do reservatório.
De acordo com as instituições, em 2024, não teve um único mês em que houve entrada de água no sistema Cantareira acima da média histórica. Nas secas anteriores consideradas históricas, como as de 1953-54 e de 2014-15, o mês de setembro teve maior entrada de água (afluência) no Cantareira.
A seca na região tem levado à manutenção de uma média de bombeamento da Bacia do Rio Paraíba do Sul acima de 7 metros cúbicos por segundo desde junho.
A média de chuvas em setembro nos mananciais que abastecem São Paulo esteve abaixo da média histórica. A soma esperada de chuvas era de 637,2 mm nos sete reservatórios, mas foi de 114 mm este ano, somente 17,9% do esperado.
Em 2014, quando o sistema contava com seis reservatórios, a média era de 547,4 mm e a precipitação foi de 569,1 mm. Em 2022, quando o volume operacional disponível nos mananciais era de 42,7% no final de setembro, choveram 500,4 mm.
Segundo a ANA, a região já passou por 66% do período seco deste ano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Como o governo pretende usar R$ 514 milhões no combate ao fogo e à seca
Por CartaCapital
Aneel anuncia ajuste na bandeira vermelha e contas de luz serão mais caras em outubro
Por CartaCapital