Sociedade
Regulação das redes sociais tem apoio de 70% da população, diz pesquisa
Os entrevistados que se identificam como de centro lideram numericamente o apoio, com 71%


Para a maior parte da população brasileira, as redes sociais e o Whatsapp devem ser regulados para impedir a propagação de fake news. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Ipespe e divulgada nesta terça-feira 10.
Conforme o levantamento, que ouviu 3 mil pessoas com 16 anos ou mais entre 30 de novembro a 5 de dezembro, 70% acreditam que deveriam haver regulação. Para 27%, a regulação não é necessária. Entre os que se identificam como de esquerda, 70% apoiam a regulação; entre os de centro, o número vai a 71%, e de direita, a 69%. Veja os dados:
Pesquisa realizada pela Ipespe aponta a opinião dos brasileiros sobre a regulação das redes sociais. Foto: Ipespe/Reprodução
Para 27% dos entrevistados, as redes sociais frequentemente afastam amigos e parentes quando se trata de política. Já 24% indicam que as redes sociais permitem participar da política.
Ainda conforme a pesquisa, para 69%, as fake news atrapalham e confundem muito os eleitores. Atrapalham e confundem pouco para 17%; os que acham que não atrapalham nem confundem são 11%.
A responsabilidade das plataformas digitais sobre o conteúdo de usuários é tema de ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal. O ministro Dias Toffoli, relator de uma das ações, já votou no sentido de declarar a inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, obrigando as redes sociais e plataformas de internet a retirarem do ar conteúdo criminoso, mesmo que não haja determinação da Justiça
A pesquisa “A democracia que temos e a democracia que queremos” foi produzido após a assinatura do protocolo de intenções em novembro deste ano entre a Advocacia-Geral da União e a Federação dos Bancos do Brasil, a Febraban.
O levantamento tem margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. O grau de confiança é de 95,45%.
Veja a íntegra da pesquisa:
PESQUISA OBSERVATÓRIO DEMOCRACIA IPESPE FEBRABANApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Pesquisa aponta a confiança dos brasileiros nas instituições; Forças Armadas e igrejas lideram
Por Wendal Carmo
Quem se informa pelas redes sociais e em qual plataforma faz isso, segundo estudo
Por AFP