Sociedade

Polícia do Rio prende dois envolvidos na venda de metralhadoras furtadas do Exército em Barueri

O armamento foi roubado do arsenal do Exército em Barueri, SP, em setembro de 2023

Polícia do Rio prende dois envolvidos na venda de metralhadoras furtadas do Exército em Barueri
Polícia do Rio prende dois envolvidos na venda de metralhadoras furtadas do Exército em Barueri
Metralhadoras furtadas do Exército e recuperadas em São Paulo. Foto: Divulgação/Polícia Civil
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na noite desta quinta-feira 11, em São Paulo, dois suspeitos de negociar armas furtadas do arsenal do Exército de Barueri, em setembro de 2023.

Jesser Marques Fidelix e Márcio André Beber Boaventura Júnior foram presos em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, local próximo ao arsenal.

A dupla teria oferecido o armamento para o Comando Vermelho. Uma denúncia anônima possibilitou a localização dos criminosos.

“A partir de um vídeo que foi circulado na internet, nós começamos a investigar e conseguimos identificar, através das declarações de um colaborador, que Jessé e Márcio estariam negociando para empregar essas armas de fogo na guerra da Zona Oeste, entre o Comando Vermelho e a milícia, ali na região da Gardênia e Cidade de Deus”, detalhou o delegado Pedro Cassundé.

Nesta sexta-feira 12, os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes saíram para cumprir 9 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e em São Paulo.

Segundo o delegado, os alvos são “pessoas interpostas que gravitam em torno de Jessé e Márcio”.

Em novembro, duas metralhadoras roubadas do arsenal foram encontradas na Praia da Reserva, dentro do carro de Jesser.

Dos 21 armamentos roubados, 17 foram reintegrados ao Exército por operações conjuntas das polícias paulistas e cariocas.

Investigações sobre o furto realizada pelo Exército indicaram a participação de pelo menos 8 pessoas no desvio dos fuzis e metralhadoras, sendo 4 militares e 4 civis.

Entre os denunciados pela Justiça Militar da União está o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, então diretor da unidade, um primeiro-coronel e dois cabos.

O furto ocorreu no último dia 7 de setembro de 2023, feriado da Independência, quando as tropas estavam dedicadas a desfiles pelo País.

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