Sociedade

Polícia deflagra operação com mil agentes em três favelas do Rio

A operação foi desencadeada pelo uso de um espaço público de lazer para treinamentos de facções em táticas de guerrilha

Facção treina membros com táticas de guerrilha em um espaço público no Complexo da Maré (RJ). Foto: Reprodução/Fantástico
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Mil policiais fazem nesta segunda-feira 9 ações em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro. Os agentes das forças de segurança do estado atuam na Vila Cruzeiro (Complexo da Penha), Complexo da Maré e Cidade de Deus, anunciou o governo do estado.

O objetivo é conter o avanço da facção local, o Comando Vermelho. Os agentes devem cumprir, ao menos, dez mandados de prisão. 

As ações fazem parte da Operação Maré, anunciada no fim de setembro pelo governo fluminense, em parceria com o governo federal. Ainda não há, no entanto, participação de agentes federais no caso.

“Todos os integrantes dessa facção criminosa que têm mandados de prisão são alvos da operação”, explicou o secretário estadual de Polícia Civil fluminense, José Renato Torres, em entrevista. 

“Hoje, especificamente, queremos atacar essa facção criminosa que está tentando expandir seu território e gerando conflito com outras organizações, trazendo certa instabilidade na nossa segurança”.

O estopim para a operação desta segunda foram as investigações que mostraram criminosos da Maré, na zona norte da cidade, realizando, em um espaço público de lazer, treinamentos com táticas de guerrilha.

Outro foco da ação é a morte de médicos na Barra da Tijuca. Segundo sustentou a polícia no anúncio da ação, tanto a Cidade de Deus, na zona oeste, quanto o Complexo da Penha, na zona norte, são controlados pelo Comando Vermelho, facção criminosa cujos integrantes, segundo a polícia, estariam envolvidos na morte dos três médicos.

Segundo o secretário estadual de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, todos os policiais militares estão usando câmeras corporais no Complexo da Maré. Também estão sendo usados drones com capacidade de fazer reconhecimento facial e leituras de placas de automóveis. 

Estes equipamentos têm câmeras que fazem mapeamento de áreas em 3D, além de terem zoom de longo alcance. As imagens desses drones estão sendo enviadas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

(Com informações de Agência Brasil)

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