Sociedade

Polícia Civil diz não haver dúvida de que médicos foram assassinados por engano no Rio

Segundo secretário, o fato de a polícia ter encontrado corpos de suspeitos de envolvimento no ataque fortalece a conclusão

Polícia Civil diz não haver dúvida de que médicos foram assassinados por engano no Rio
Polícia Civil diz não haver dúvida de que médicos foram assassinados por engano no Rio
O quiosque na Barra da Tijuca onde três médicos foram assassinados. Foto: Florian Plaucheur/AFP
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O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Renato Torres, afirmou netsa sexta-feira 6 não haver dúvida de que o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, na madrugada de quinta, ocorreu por engano.

Segundo Torres, o fato de a polícia ter encontrado corpos de suspeitos de envolvimento no ataque fortalece a conclusão. Eles teriam sido mortos devido ao incômodo de chefes do tráfico com a repercussão.

“A facção criminosa entrou em desespero com a repercussão do assassinato dos médicos por engano. E determinou a eliminação dos envolvidos na ação equivocada”, afirmou Torres à GloboNews. “Não resta mais dúvida alguma de que os médicos foram assassinados por engano.”

Até aqui, a investigação aponta que o ataque pretendia executar uma vingança pelo assassinato do traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, em setembro. Conforme essa linha de apuração, a morte teve a participação de Taillon de Alcântara Barbosa, filho de um dos principais chefes de milícia na zona oeste do Rio.

Philip Motta Pereira, o Lesk, teria recebido a informação de que Taillon estaria no quiosque. Na sequência, segundo a linha de investigação acompanhada pela polícia, os criminosos teriam confundido um dos médicos no quiosque com Taillon, devido a uma semelhança física. Trata-se do ortopedista Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos. Na madrugada desta sexta, o corpo de Lesk foi encontrado.

Outra vítima do atentado de quinta-feira é o médico Diego Ralf Bonfim, de 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O terceiro médico assassinado é Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, médico-assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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