Na quinta-feira 1º, Djamila Ribeiro tomará posse da cadeira 28 da Academia Paulista de Letras, antes ocupada por Lygia Fagundes Telles. A cerimônia, na sede da entidade, no Largo do Arouche, região central de São Paulo, incluirá uma recepção preparada pela comunidade do terreiro Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá. “Sou uma mulher do candomblé”, demarca a filósofa, escritora e ativista batizada com um nome que, na língua africana da qual se origina, quer dizer bonita. “Para mim, a afirmação do candomblé é também um ato político.”
Fundada em 1909, a APL constituiu-se, historicamente, como um espaço ocupado por homens brancos, católicos e nascidos na elite. Embora se tenha dito que Djamila seria a primeira negra a integrar a APL, houve uma antes, a poeta Ruth Guimarães (1920-2014), empossada aos 88 anos. Djamila é, porém, a primeira a entrar naquele espaço com bandeiras empunhadas.
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