Pensadora, negra e pop

Aos 42 anos, Djamila Ribeiro, filósofa, ativista e autora best-seller toma posse da cadeira 28 da Academia Paulista de Letras

“Vivemos um momento de anti-intelectualismo” - Imagem: Flavio Teperman

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Na quinta-feira 1º, Djamila Ribeiro tomará posse da cadeira 28 da Academia Paulista de Letras, antes ocupada por Lygia Fagundes Telles. A cerimônia, na sede da entidade, no Largo do Arouche, região central de São Paulo, incluirá uma recepção preparada pela comunidade do terreiro Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá. “Sou uma mulher do candomblé”, demarca a filósofa, escritora e ativista batizada com um nome que, na língua africana da qual se origina, quer dizer bonita. “Para mim, a afirmação do candomblé é também um ato político.”

Fundada em 1909, a APL constituiu-se, historicamente, como um espaço ocupado por homens brancos, católicos e nascidos na elite. Embora se tenha dito que ­Djamila seria a primeira negra a integrar a APL, houve uma antes, a poeta Ruth ­Guimarães (1920-2014), empossada aos 88 anos. Djamila é, porém, a primeira a entrar naquele espaço com bandeiras empunhadas.

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3 comentários

Mauro Hollo 5 de setembro de 2022 21h13
Extremamente merecido mulher, negra, escritora, ativista dentre tantos outros papeis. Exemplo receber a cadeira e trazer as origens. Fantástica essa ser humana maravilhosa. Parabéns, 1 milhão de parabéns!
José Carlos Gama 31 de agosto de 2022 18h23
Parabéns Djamila pelo reconhecimento e pela luta travada dia a dia contra o preconceito racial neste pais.
CLAUDIO FRANCISCO ALVES 30 de agosto de 2022 18h55
Muita admiração p/ Vç Djamila. Claudio Francisco Alves Médico Infectologista, CRMSP46465

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