Sociedade

Operação tenta desmontar rede que usava Discord e Telegram para cometer crimes contra crianças e adolescentes

Segundo as investigações, o grupo incentiva ações violentas e disseminava ódio entre os jovens; pelo menos duas pessoas foram presas e seis menores apreendidos

Operação tenta desmontar rede que usava Discord e Telegram para cometer crimes contra crianças e adolescentes
Operação tenta desmontar rede que usava Discord e Telegram para cometer crimes contra crianças e adolescentes
Policiais fizeram apreensões de computadores, celulares e outros objetos – Foto: Divulgação/Polícia Civil
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Uma operação capitaneada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, está nas ruas em diferentes estados do País para desarticular uma organização criminosa que comete crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Até a publicação deste texto, dois adultos tinham sido presos e seis menores foram apreendidos.

Agentes estão nas ruas em Goiás, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, segundo a Polícia Civil fluminense. Além das prisões e apreensões, eles cumprem mandados de busca – celulares, computadores e outros objetos pertencentes aos acusados já estão em poder dos agentes.

As investigações apontam que os responsáveis pela organização cometeram crimes de ódio e incentivaram jovens a praticar atos criminosos contra pessoas e animais. A rede criminosa também é acusada de instigar atos suicidas e divulgar pornografia infantil. Todos os crimes citados eram transmitidos pela internet em plataformas como Discord e Telegram.

A descoberta da rede

As investigações começaram em fevereiro deste ano, depois que um homem em situação de rua foi atacado enquanto dormia e teve 70% do corpo queimado por um adolescente que atirou dois coquetéis molotov em direção a ele. O crime foi transmitido em tempo real nos aplicativos de mensagens.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma ter encontrado uma rede criminosa “altamente estruturada” após investigação do ataque ao homem em situação de rua. Foram identificados os administradores do servidor usado para transmitir o crime e, na sequência, outros integrantes da organização, cujos crimes cibernéticos tinham crianças e adolescentes como principais alvos.

“A atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios sobre os fatos, contribuindo com o trabalho dos policiais civis envolvidos no caso”, destaca a polícia fluminense.

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