Sociedade
ONU: Mais de 60 milhões no Brasil sofrem com insegurança alimentar moderada ou grave
O contingente era de 37,5 milhões entre 2014 e 2016, segundo dados da FAO
Um relatório divulgado nesta quarta-feira 6 por cinco agências da Organização das Nações Unidas aponta um dramático panorama sobre a fome no mundo. A publicação traz também dados preocupantes sobre o cenário nacional.
No Brasil, o número de pessoas que sofrem com insegurança alimentar moderada ou grave disparou de 37,5 milhões entre 2014 e 2016 para 61,3 milhões entre 2019 e 2021.
Entre 2019 e 2021, 15,4 milhões de brasileiros viveram sob insegurança alimentar grave. Entre 2014 e 2016, eram 3,9 milhões.
Segundo anúncio feito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura nesta quarta, o objetivo de erradicar a fome no mundo até 2030 está cada vez mais distante
A organização ainda afirmou já haver um “quadro sombrio” em relação à segurança alimentar global no ano passado, antes da guerra na Ucrânia.
Em um comunicado conjunto, a FAO, o Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola, a Unicef, o Programa Mundial de Alimentos e a Organização Mundial da Saúde apontaram que “entre 702 e 828 milhões de pessoas sofreram com a fome em 2021”, equivalente a 9,8% da população mundial.
A FAO projeta até 670 milhões de pessoas com fome no final da década, “um número similar ao de 2015”, quando a comunidade internacional estabeleceu a meta da erradicação.
As cinco organizações internacionais alertaram sobre uma “intensificação dos principais fatores de insegurança alimentar e desnutrição”: os conflitos, os extremos fenômenos climáticos e as crises econômicas.
Para as organizações, a chave é tomar medidas audaciosas para fortalecer a “resiliência” diante de crises futuras, como ocorreu com a guerra na Ucrânia e a interrupção na cadeia de fornecimento.
(Com informações da AFP)
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.