Política
O que se sabe sobre o sumiço de 21 armas de alto calibre do Exército em São Paulo
O armamento desapareceu do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri. Um inquérito policial militar apura o caso
O Exército liberou parte dos militares que estavam aquartelados desde que a Força começou a investigar o desaparecimento de 21 armas de alto calibre do Arsenal de Guerra de São Paulo.
Na terça-feira 17, o Comando Militar do Sudeste anunciou que a situação passou de estado de prontidão para sobreaviso, o que significa uma redução no efetivo da tropa aquartelada. “A investigação segue em curso e está sob sigilo”, informou, em nota.
As informações dão conta de que 320 dos 480 militares aquartelados foram liberados pela corporação.
Os militares haviam sido impedidos de deixar o local depois de o Comando Militar realizar uma inspeção no Arsenal de Guerra em 10 de outubro e constatar o desaparecimento de 21 metralhadoras.
Segundo o Exército, as armas – 13 metralhadoras de calibre.50 e 8 de calibre 7,62 – eram inservíveis e haviam sido recolhidas para manutenção. Os armamentos estavam no Arsenal, uma unidade técnica de manutenção, responsável também por iniciar o processo de desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada.
Ainda de acordo com o Exército, os militares foram mantidos aquartelados para serem ouvidos e, possivelmente, disponibilizarem dados relevantes para a investigação. Um inquérito policial militar foi aberto para apurar o caso.
O Exército esclareceu que o Arsenal de Guerra de São Paulo é uma organização militar subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia, sediado em Brasília. O general Achilles Furlan Neto, chefe do DCT, comanda a apuração. Informou ainda que o Comando Militar do Sudeste apoia a investigação.
De acordo com o Instituto Sou da Paz, trata-se do maior desvio de armas de uma base do Exército desde 2009, quando sete fuzis foram roubados por criminosos de um batalhão em Caçapava, interior de São Paulo.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.