Sociedade

Número de mortos pelas chuvas em São Paulo sobe para 48; outros 57 estão desaparecidos

Equipes de resgate iniciam o 4º dia de buscas por sobreviventes nos vários deslizamentos e alagamentos em cidades do litoral norte do estado

Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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O número de vítimas fatais das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo chegou a 48 na manhã desta quarta-feira 22. Outros 57 estão desaparecidos, segundo o balanço da Defesa Civil do estado. Buscas por sobreviventes entraram no 4º dia.

Este é o maior nível de chuva registrado na região. O temporal, que causou os maiores estragos no domingo, deixou mais de 2.500 desalojados ou desabrigados. A identificação das vítimas segue nesta quarta-feira.

A maior parte dos atingidos está em São Sebastião, a primeira cidade do litoral a ter calamidade pública decretada. Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba também impuseram o status na segunda-feira. A medida facilita a chegada de recursos para atendimento e recuperação.

Os estragos também impactam na circulação e comunicação nas seis cidades mais atingidas. Estradas seguem parcial ou totalmente bloqueadas. Veja a lista divulgada pelo governo do estado:

Total

RIO-SANTOS (Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego SP-055)

  • Km 174+500 – queda de barreira (Praia Preta)

Mogi-Bertioga (SP-098)

  • A Rodovia Mogi-Bertioga segue totalmente interditada, em razão do rompimento de tubulação, na altura do km 82, em Biritiba Mirim.
  • Também há interdição parcial nos km 90 e 91, devido à queda de barreira; e no Km 87, devido à erosão.
    Nesta terça-feira (21), uma equipe do DER iniciou os serviços de recuperação no local.

Parcial

RIO-SANTOS (Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego SP-055)

  • Km 061 – queda de barreira (Praia do Lamberto);
  • Km 066 – queda de barreira (Praia de Fortaleza);
  • Km 084 – queda de árvore (Praia Tabatinga);
  • Km 087– queda de barreira e árvores (Praia da Cocanha);
  • Km 095 – alagamento (Praia Massaguaçu);
  • Km 095 ao 096 – queda de barreira (Praia Massaguaçu);
  • Km 116 – queda de barreira (Praia da Cigarra);
  • Km 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Toque Toque);
  • Km 136 ao 142 – queda de barreira e árvores (Praia do Guaicá e Toque Toque);
  • Km 157 ao 162 – queda de barreira (Praia de Maresias);
  • Km 164 – queda de barreira (Praia de Boiçucanga);
  • Km 180 – queda de árvore (Praia Preta);
  • Km 188 – erosão (Praia de Boracéia);
  • Km 189 – erosão (Praia de Boracéia);

Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125)

  • Km 11 – queda de barreira;
  • Km 13 – queda de barreira;
  • Km 58 – queda de barreira.

Falta de água

Moradores de Boiçucanga, bairro fortemente afetado pelo temporal do fim de semana em São Sebastião, no litoral norte paulista, estão sem água para beber. Para garantir o abastecimento da população, a associação de pescadores local se organizou para transportar garrafas de água até a comunidade.

“Estamos há quatro dias sem água. Nós temos que pegar água em Barra do Una [outra comunidade do município] para transportar para Boiçucanga e distribuir. Hoje, voltou um pouquinho de água, mas água barrenta”, explica o marinheiro Rivelino Rodrigues, que tinha acabado de chegar ao bairro com um dos carregamentos.

Das torneiras, a água sai marrom, cheia de terra dos deslizamentos.

Com a falta de água potável, alguns comerciantes tentaram se aproveitar da situação. “Os comerciantes estão alugando barcos de Barra de Una para Boiçucanga e vendendo a água por um absurdo”, diz.

Um grupo de turistas confirmou que havia quem quisesse cobrar R$ 98 por um galão.

Caminhões-pipa

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diz que está trabalhando para reestabelecer o abastecimento de água em todo o litoral norte, com equipes em Boiçucanga.

Em São Sebastião e Ilhabela, 31 caminhões-pipa fazem, de acordo com a empresa, o abastecimento emergencial nos locais mais afetados pelas chuvas.

(Com informações de Agência Brasil)

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