Justiça

MPF pede que Prefeitura do Rio mude regras para ambulantes no Carnaval

Vendedores que já têm licença devem ser autorizados a atuar no evento

MPF pede que Prefeitura do Rio mude regras para ambulantes no Carnaval
MPF pede que Prefeitura do Rio mude regras para ambulantes no Carnaval
Vendedores ambulantes no blocos no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Ministério Público Federal enviou nesta segunda-feira 17 uma recomendação à Prefeitura do Rio de Janeiro e à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) para mudar regras relativas ao trabalho de ambulantes no Carnaval deste ano. Entre os pedidos está o de autorizar que os ambulantes que já possuem licença para atuar no restante do ano possam também trabalhar durante a folia.

Em audiência pública realizada há dez dias, representantes do Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) e do SindInformal criticaram o fato de a Prefeitura ter escolhido os trabalhadores para o Carnaval exclusivamente por sorteio. Muitos dos que trabalham regularmente durante o ano acabaram excluídos dos 15 mil contemplados.

O MPF deu um prazo de cinco dias para a resposta da Prefeitura, da Seop e da Guarda Municipal. O procurador Julio José Araujo Junior e a defensora pública Fernanda de Souza Lima deram outras recomendações, como permitir que os camelôs possam utilizar seus próprios materiais de trabalho (isopores, carrinhos, guarda-sóis etc) e estabelecer que a autorização de trabalho no Carnaval possa se estender para além da Região Administrativa inscrita na licença de cada ambulante.

Também foi recomendado que a Seop se abstenha de praticar apreensões ilegais e desproporcionais de mercadorias durante o Carnaval e adote medidas de transparência para informar à população sobre a destinação das mercadorias apreendidas durante o evento

A Corregedoria da Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Ordem Pública devem ter um esquema de plantão durante o Carnaval para atender os casos de apreensões ilegais e violências praticados por agentes públicos contra os camelôs.

A Agência Brasil aguarda o posicionamento da Prefeitura e da Seop sobre as recomendações do MPF.

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