Movimentos convocam ato no RJ em protesto por João Pedro e George Floyd

Ato está marcado para às 15h em frente ao Palácio da Guanabara. Manifestantes são orientados a irem de máscaras e portarem álcool gel

Créditos: Reprodução

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Inspirados pelas manifestações que ocorrem nos Estados Unidos e em outros locais do mundo após a morte do americano George Floyd, grupos brasileiros convocaram atos, para este domingo 31, por justiça a João Pedro Mattos, assassinado pela polícia do Rio de Janeiro no dia 19 de maio, e em nome da violência policial que mata jovens negros brasileiros mesmo em meio à pandemia de coronavírus.

Com confirmação para acontecer em frente ao Palácio da Guanabara, residência oficial do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), organizadores se mobilizaram pelas redes sociais e marcaram o encontro para às 15h. Destacam, conforme visto nas publicações abaixo, a necessidade de ir de máscaras, levar álcool gel e manterem-se distantes uns dos outros no protesto.

Ainda alertam para aqueles que fazem parte dos grupos de risco ou moram com alguém nessas características que não compareça ao protesto, mas que ajude a impulsioná-lo pelas redes sociais.

No Brasil, o cenário da pandemia não impediu operações policiais que tivessem como saldo a morte de jovens negros. “Qualquer operação policial deve seguir padrões de respeito à vida e à segurança das pessoas e, em meio a uma pandemia, quando todos os esforços deveriam estar voltados para garantir saúde e vida da população, o Estado do Rio de Janeiro se faz presente nas favelas do Estado levando violência e morte.”, afirmou a ativista Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, em uma carta assinada com outras entidades.

Nas fotos de divulgação do protesto no Rio, são lembradas algumas das vítimas recentes da violência no Brasil, como João Pedro Mattos, Ágatha Felix – morta por um tiro de fuzil dentro de uma vã de transporte em setembro de 2019 – e Evaldo Santos Rosa – cujo carro foi fuzilado com 80 tiros vindos do Exército brasileiro em abril de 2019.


Depois que a morte de Floyd impulsionou uma convulsão social em diversas cidades dos Estados Unidos, outros lugares fora do país também se mobilizaram para protestar contra o racismo de forças de segurança. Foram registrados atos em Berlim (Alemanha), Toronto (Canadá) e Londres (Reino Unido), com o mote do #BlackLivesMatter (#VidasNegasImportam), criado após a morte do jovem negro Eric Gardner em 2017.

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