Educação

Morre segundo estudante vítima do ataque a tiros em escola no Paraná

À polícia, o atirador confirmou não conhecer as vítimas e que atirou aleatoriamente; atentado, porém, foi planejado com antecedência

Morre segundo estudante vítima do ataque a tiros em escola no Paraná
Morre segundo estudante vítima do ataque a tiros em escola no Paraná
Policiais em ação após um ataque ao colégio Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Foto: Henrique Campinha/AFP
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Morreu na madrugada desta terça-feira 20 o estudante Luan Augusto, de 16 anos, no Hospital Universitário de Londrina. Ele é a segunda vítima fatal do ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no Paraná.

O adolescente foi atingido com tiros na cabeça por um ex-aluno do mesmo colégio, de 21 anos, que entrou na secretaria da instituição com a escusa de que solicitaria o histórico escolar. A namorada de Luan, a aluna Karoline Verri Alves, também foi atingida pelos disparos e morreu antes de receber atendimento médico.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, o atirador não conhecia as vítimas, mas havia planejado o atentado. Os adolescentes foram baleados enquanto participavam de uma aula de educação física.

“Ele tinha essa ideia na cabeça há quatro anos. Comprou o revólver a um tempo considerável, um mês e meio. Também comprou a machadinha no dia 10 de junho”. De acordo com Ribeiro, o atirador esteve na escola há 30 dias para analisar o espaço antes do ataque.

Na casa do autor do crime, a polícia encontrou munições, a machadinha e um caderno com anotações sobre outros ataques em escolas – como o de Suzano.

Durante depoimento, o autor revelou que o ataque à escola ocorreu como forma de retaliação por episódios de bullying sofridos enquanto era aluno da instituição. Ele frequentou o colégio por 7 anos e saiu em 2014. O atirador também confessou ter planejado se suicidar, mas que ‘não soube fazer o municiamento da arma’.

Além dele, outro homem de 21 anos foi preso e um menor de 13 anos indiciado por suspeita de ajudar a organizar o ataque.

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