Há tempos o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, sofre com o assédio de políticos reacionários, que mal conseguem disfarçar a repulsa aos desvalidos amparados pelo líder religioso. Depois do deputado estadual Arthur do Val, cassado em 2022 após ser flagrado, em áudio, dizendo que as refugiadas ucranianas “eram fáceis porque eram pobres”, foi a vez do vereador bolsonarista Rubinho Nunes chamar Lancellotti de “cafetão da miséria” e propor uma CPI para investigá-lo.
Indiferente aos ataques rasteiros, o padre prossegue com seu trabalho social e conquistou duas importantes vitórias neste ano. Primeiro, a regulamentação da Lei 14.489/2022, idealizada por ele, que proíbe a arquitetura hostil contra pessoas em situação de rua. Logo depois, o lançamento, pelo governo federal, do “Plano Ruas Visíveis”, a prever 982 milhões de reais em investimentos até 2026. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida a CartaCapital.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login