Justiça

Major da PM é preso sob suspeita de ‘vender’ decisões em inquéritos militares no PR

Agentes cumpriram também nove mandados de busca e apreensão e três de afastamento das funções públicas

Major da PM é preso sob suspeita de ‘vender’ decisões em inquéritos militares no PR
Major da PM é preso sob suspeita de ‘vender’ decisões em inquéritos militares no PR
Reprodução/PM-PR
Apoie Siga-nos no

Um major da Polícia Militar do Paraná foi preso nesta quinta-feira 22 sob suspeita de cobrar propina para vender transferências de policiais e decisões em inquéritos militares.

Alexandro Marcolino Gomes, da 3ª Companhia Independente da PM de Loanda, no noroeste do estado, foi um dos alvos da Operação 01, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público paranaense.

Agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e três de afastamento das funções públicas.

Os investigadores apuram a prática dos crimes de concussão (exigência de vantagem indevida por um funcionário público, em razão da função que exerce), corrupção ativa e corrupção passiva.

O inquérito nasceu em 2024, a partir de denúncias sobre crimes militares. As apurações indicam que o major da PM cobrava valores para alterar procedimentos disciplinares, inquéritos policiais e transferências de unidades.

O esquema, de acordo com o MP, funcionava de forma sistêmica e estruturada. Em um dos casos, Alexandro teria recebido 10 mil reais para que um subordinado fosse para outra unidade. O major ficará detido no presídio militar de Curitiba.

Os promotores do MP também investigam se o grupo de policiais coagia empresários a contratarem PMs como seguranças particulares.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo