Sociedade

Justiça proíbe demissão coletiva de funcionários da Ford em Camaçari

As demissões ficam proibidas até que a empresa finalize o acordo com os funcionários

Justiça proíbe demissão coletiva de funcionários da Ford em Camaçari
Justiça proíbe demissão coletiva de funcionários da Ford em Camaçari
Cerca de 1,5 mil funcionários ainda continuavam trabalhando na Ford de Camaçari. Foto: iStock/Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Justiça do Trabalho concedeu uma liminar na noite da sexta-feira 5 que suspende a demissão coletiva de funcionários da Ford da fábrica de Camaçari, região metropolitana de Salvador. As demissões ficam proibidas até que a empresa finalize o acordo com os funcionários.

A determinação do juiz Leonardo de Moura Landulfo Jorge, da 3ª Vara do Trabalho de Camaçari, é que durante as negociações e enquanto os contratos de trabalho estiverem em vigor, a Ford não poderá suspender o pagamento dos salários e das licenças remuneradas dos trabalhadores.

A decisão ainda determina que a empresa não pode praticar “assédio moral negocial, de apresentar ou oferecer propostas ou valores de forma individual aos trabalhadores, durante a negociação coletiva, devendo, caso seja do seu interesse, informar a coletividade das tratativas através de comunicados oficiais”.

Caso a liminar não seja cumprida poderá ser aplicada uma multa de R$ 1 milhão por item descumprido, mais R$ 50 mil por trabalhador atingido.

A Ford anunciou no dia 11 de janeiro o encerramento da produção de veículos nas fábricas brasileiras em 2021, com a manutenção somente do Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e do Campo de Provas, em São Paulo.

A montadora permanecerá com uma planta na Argentina e outra no Uruguai. Cerca de cinco mil funcionários devem ser impactados pelo fim da produção no Brasil e na América do Sul.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo