Justiça

Justiça condena advogada a pagar R$ 300 mil à Prevent Senior por acusações contra a rede de saúde

Conforme a sentença, Bruna Morato cometeu uma ‘tentativa de assassinato de reputação de empresa de grande porte’; cabe recurso

A advogada Bruna Morato. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, condenou a advogada Bruna Morato a pagar 300 mil reais por danos morais à operadora de planos de saúde Prevent Senior.

Morato representou médicos que se desligaram da operadora e prestou depoimentos à CPI da Covid, no Senado, e à CPI da Prevent Senior, na Câmara Municipal de São Paulo.

Ainda durante os trabalhos da Comissão, Morato teria concedido duas entrevistas em que acusou os diretores do plano de saúde participarem como “cúmplice do governo federal para difundir o uso da cloroquina”

Conforme a sentença, a advogada cometeu uma “tentativa de assassinato de reputação de empresa de grande porte” ao afirmar, por exemplo, que os diretores da companhia são “criminosos” e atuam como “milícias”. Ela declarou em entrevistas, ainda, que a Prevent Senior “persegue” e “ameaça” seus profissionais.

“As acusações, porém, não foram comprovadas, e investigação da Polícia Civil de São Paulo não detectou nexo de causalidade entre tratamentos aplicados por médicos da autora e mortes de pacientes por Covid-19 nem, tampouco, imperícia, negligência ou imprudência de seu corpo clínico”, diz um trecho da decisão.

À CPI da Covid, Morato afirmou em setembro de 2021 que a Prevent Senior e médicos do chamado Gabinete Paralelo no governo de Jair Bolsonaro (PL) formaram um pacto a fim de validar a hidroxicloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a Covid-19. O objetivo seria evitar a adoção de medidas de restrição da circulação.

Segundo a sentença, a indenização de 300 mil reais tem “o duplo objetivo de atenuar o dano e desestimular a reiteração da conduta”. A advogada pode recorrer.

Em sua defesa, Bruna Morato afirmou que a operadora de planos de saúde tenta “inverter a posição das partes na história” e aponta a existência de investigações abertas em diversos órgãos e mais de dez de funcionários, diretores e sócios da autora já foram indiciados,”inclusive por crimes contra a humanidade”.

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