Sociedade
Jovens são revistados por PMs após protestarem contra motociata bolsonarista no Rio, diz site
Agentes revistaram mochilas, celulares e roupas após o grupo vaiar os apoiadores do ex-capitão e fazer gestos de apoio a Lula


Oito jovens negros foram retirados de um ônibus no Rio de Janeiro e revistados por três policiais militares do Batalhão de Choque depois de protestarem, no 7 de Setembro, contra a motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL) na orla de Copacabana. A informação é do UOL.
Os jovens, ainda não identificados, vaiaram e xingaram por alguns minutos o ato bolsonarista, além de fazerem gestos, como o “L” de apoio ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
Cerca de 10 minutos depois, foram abordados pelos policiais, segundo o site. O motivo da revista ainda é desconhecido.
A PM afirmou apenas que foram detidos “um homem com um celular roubado e outro tentando roubar também um celular” e concluiu que, “fora isso, a mobilização transcorreu de forma pacífica”.
Uma testemunha cedeu um vídeo de quase sete minutos ao site. Nele, é possível ver que os policiais só abordaram os jovens envolvidos no protesto.
Na ação, os agentes revistaram alimentos e celulares, verificaram os bolsos das roupas e analisaram o interior dos tênis de dois deles.
Um dos policiais entrou no ônibus e saiu depois de um minuto. Outro retirou todos os alimentos da bolsa de um dos rapazes, como biscoito, leite e arroz. Os agentes também pediram para ver fotos e o conteúdo de mensagens de aplicativos dos celulares. Um dos jovens entregou a carteira de trabalho à polícia.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.