Sociedade
Homem que atacou profissionais de saúde trabalha para ministério de Damares
Renan da Silva Sena, que é missionário evangélico, agrediu com xingamentos e empurrões enfermeiras e cuspiu na cara de uma estuante
Na última sexta-feira 01, profissionais da saúde foram até a Praça dos Três Poderes, em Brasília, para uma homenagem aos 55 colegas de profissão mortos por causa da pandemia do novo coronavírus. O ato, no entanto, foi interrompido por uma mulher e um homem que atacaram verbalmente e fisicamente os profissionais.
O homem se chama Renan da Silva Sena e é funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo apurou uma reportagem do UOL, Sena é analista de projetos do setor socioeducativo, mas não aparece nem exerce suas atividades no ministério desde meados de março alegando que está doente.
Vestido de camisa amarela e com uma bandeira nacional, Renan agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras que participavam do ato. Ele cuspiu ainda no rosto de uma estudante de medicina que tentou defender as profissionais de saúde.
NAZISTAS enrolados em bandeira e vestindo verde e amarelo vão até manifestação silenciosa dos profissionais da saúde realizada em memória dos profissionais vitimados pela epidema para ofender e agredir.
Pretendem nos tirar até mesmo o direito de chorarmos os mortos!! pic.twitter.com/IJ0MApegoS— Jesse James (@jjmetjr) May 1, 2020
Ele foi contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, que tem um contrato com o ministério no valor de R$ 20 milhões de prestação serviços operacionais e apoio administrativo.
Engenheiro eletricista de formação e missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer, Renan é um militante bolsonarista. Ele alega estar doente para trabalhar, mas a enfermidade não o atrapalha na hora de militar. Ele participou de diversos atos que pedem o fechamento do Congresso e do STF e também da manifestações feitas em frente à embaixada da China.
Em resposta ao Uol, o ministério afirmou que pediu à empresa terceirizada a demissão de Sena e que ela teria sido concretizada em 23 de abril. Porém a reportagem pediu e não recebeu a documentação que provasse o ato demissionário. Verificou-se também que o email funcional dele continuava ativo até o dia de ontem.
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