Política

Haddad tem reunião marcada com o MST em meio a ações do Abril Vermelho

Nos últimos das, o movimento iniciou uma nova etapa de ações, com ocupações em propriedades rurais e em sedes do Incra

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Sergio Lima/AFP
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma reunião marcada com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na tarde desta quinta-feira 20, em São Paulo.

O MST será representado na agenda, entre outros, pelas lideranças nacionais João Paulo Rodrigues e Gilmar Mauro. Oficialmente, o encontro servirá para “apresentação de pauta de demandas da agricultura familiar”.

O encontro acontece, porém, em meio às ações do MST no chamado Abril Vermelho. Os protestos fazem referência aos 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que tropas da Polícia Militar mataram 21 trabalhadores rurais.

Nos últimos dias, o movimento iniciou uma nova etapa de ações, com ocupações em propriedades rurais e em sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

Na última segunda-feira 17, o Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou uma dura nota da Embrapa Semiárido contra uma ocupação promovida pelo MST. A companhia, em Petrolina (PE), é uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao ministério.

“A invasão atingiu ainda áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma”, diz o texto. “A Embrapa Semiárido está adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação.”

O tom da pasta comandada por Carlos Fávaro é mais duro que o adotado pelo ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. “MST apresenta a pauta da sua jornada de lutas e se compromete a sair da área da Embrapa no Pernambuco e da área da Suzano no Espírito Santo”, escreveu o petista nas redes sociais no fim da noite da quarta 19.

Na terça 18, Teixeira disse ao jornal O Globo que a desocupação de terras pelo MST seria uma condição indispensável para o governo avançar com o programa de reforma agrária. “A minha opinião é que essa jornada de luta já acabou, estamos pedindo as retiradas, para prosseguir o programa de reforma agrária. O condicionante nosso é esse.”

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