Política

Governo Lula reconhece emergência em Maceió por risco de colapso em mina da Braskem

A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro. A prefeitura decretou emergência por 180 dias

Governo Lula reconhece emergência em Maceió por risco de colapso em mina da Braskem
Governo Lula reconhece emergência em Maceió por risco de colapso em mina da Braskem
Região sob alerta diante de risco de colapso em uma mina da Braskem em Maceió (AL). Foto: Ufal
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O governo Lula (PT) autorizou nesta sexta-feira 1º o reconhecimento do estado de emergência decretado pela prefeitura de Maceió, capital de Alagoas, devido ao risco de colapso em uma mina explorada pela Braskem.

O reconhecimento será publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Entre 28 e 30 de novembro, o solo de uma das 35 minas da Braskem para extração de sal-gema em Maceió já cedeu 1,87 metro. A Defesa Civil do município calcula que a mina cede a um ritmo de 62 centímetros por dia.

A cidade permanece sob alerta diante do risco de colapso da mina 18, localizada na Lagoa Mundaú. Na quinta-feira 30, a Defesa Civil determinou que a população evite transitar pela região. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro.

Nesta sexta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou um “amparo urgente” por parte do governo federal. Segundo ele, é necessário manter uma unidade em busca dos meios para “evitar danos maiores”.

Pouco depois, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou acompanhar os abalos sísmicos na região, por meio dos ministérios de Minas e Energia, Transportes e Desenvolvimento Regional.

Alckmin reforçou que o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), está na capital alagoana. Disse também ter conversado com o governador Paulo Dantas (MDB) e o prefeito João Henrique Caldas (PL).

Em 2018, cavernas abertas pela extração de sal-gema, realizada pela Braskem desde o final dos anos 1990, começaram a ser fechadas após cinco bairros em Maceió passarem a afundar. O agravamento do colapso já deixou pelo menos 50 mil pessoas desabrigadas.

Em junho, a empresa chegou a anunciar que havia firmado um acordo de indenização com a prefeitura de Maceió, estimado em 1,7 bilhão de reais. Em seguida, uma decisão judicial determinou que a Braskem indenize também o estado de Alagoas.

Em nota, a Braskem disse continuar a monitorar a situação da mina 18, além de tomar as medidas  para minimizar o impacto de possíveis ocorrências.

“Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, alegou a empresa.

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