O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, revogou na noite do sábado 10 a soltura de André Oliveira Macedo, conhecido como “André do Rap” e acusado de ser um dos líderes da facção criminosa PCC. No entanto, investigadores afirmam que o criminoso já teria fugido do País.
A liberação do preso tinha sido adquirida por um habeas corpus favorável do ministro Marco Aurélio Mello, que decidiu pela soltura devido ao prazo longo de prisão do réu sem uma sentença condenatória definitiva.
Fux, por outro lado, apontou que André possui “comprovada altíssima periculosidade, dupla condenação em segundo grau por tráfico transnacional de drogas, [é] investigado por participação de alto nível hierárquico em organização criminosa (Primeiro Comando da Capital – PCC), e com histórico de foragido por mais de 5 anos”, o que tornaria sua liberdade um problema para a sociedade.
No entanto, segundo o colunista Josmar Jozino, do UOL, investigadores do Ministério Público paulista seguiram André desde o momento de sua saída da prisão e descobriram que ele não se dirigia ao Guarujá, onde indicou às autoridades que ficaria.
Em vez disso, o homem teria seguido direto para Maringá, no Paraná, e embarcado em um avião para o Paraguai, principal fonte da cocaína traficada pelo grupo criminoso.
O MP-SP aponta André do Rap como o chefe do PCC em Santos e homem de confiança de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos fundadores e o principal nome da facção.
André também seria responsável pelas negociações de tráfico de droga com a máfia italiana ‘Ndrangheta.
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