Política

Exército demitirá diretor do Arsenal de Guerra em SP após furto de 21 metralhadoras

Oito armas foram encontradas nesta quinta pela polícia do Rio de Janeiro

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O diretor do Arsenal de Guerra em São Paulo será exonerado do cargo após o furto de 21 metralhadoras de um quartel em Barueri, na região metropolitana da capital paulista. A informação foi confirmada nesta quinta-feira 19 pelo general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste.

“O Exército considera esse episódio inaceitável e não medirá esforços para responsabilizar os autores e recuperar todo o armamento no mais curto prazo. Tudo está sendo investigado e os ilícitos e desvios de conduta serão responsabilizados nos rigores da lei”, afirmou.

De acordo com o chefe do Estado-Maior, há civis e militares envolvidos no desvio, mas os nomes permanecerão em sigilo. Comprovada a participação, o protocolo a ser seguido pela Força consiste na expulsão de militares temporários, enquanto os de carreira passarão por um procedimento interno.

Os militares responsáveis por fiscalização e controle poderão ser implicados nas esferas administrativa e disciplinar.

“A linha de investigação mais provável é de que as armas foram desviadas mediante furto com participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo, embora nenhuma hipótese tenha sido descartada até o presente momento. Há possibilidade de o extravio ter ocorrido no lapso temporal de 5 a 8 de setembro.”

Nesta quinta, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu oito das 21 metralhadoras furtadas. Antes, elas haviam sido oferecidas a traficantes do Comando Vermelho. Outras 13 metralhadoras ainda estão desaparecidas: 7 armas .50, capazes de derrubar aeronaves, e seis MAGs, usadas para combate.

O furto só foi identificado em 10 de outubro, durante uma inspeção interna realizada pelo Exército.

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