Sociedade
Polícia diz que dono da casa com fuzis é “laranja” de Ronnie Lessa
Operação da Polícia Civil descobriu 117 fuzis na casa de Alexandre Mota de Souza


Marcelo Ahmad, chefe de comunicação da Polícia Civil, disse nesta sexta-feira 15 que Alexandre Mota de Souza é “laranja” de Ronnie Lessa, o policial militar reformado suspeito da morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Souza abrigava em sua casa 117 fuzis, descobertos pela Polícia Civil do Rio na quarta-feira 13.
Na terça-feira 12, Ronnie Lessa foi preso apontado pela polícia e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, em 14 de março de 2018. No dia seguinte à prisão, 117 fuzis incompletos do modelo M-16 foram encontrados na casa de Alexandre de Souza.
➤ Leia também: Coaf identifica depósito de 100 mil para suspeito de matar Marielle
A Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) chegou a afirmar que os fuzis eram falsificados, apesar da sinalização dos fabricantes HK e Colt. Entretanto, apesar da falsificação, se as armas fossem montadas, poderiam ser utilizadas. “É uma réplica muito bem feita”, defendeu o delegado.
➤ Leia também: A postura do clã Bolsonaro no caso Marielle
Ao apreender as armas, a polícia confirmou que foi a maior apreensão de fuzis da história do Rio de Janeiro. Souza foi preso por suspeita de tráfico de armas e alegou à polícia que guardava as armas em sua casa a pedido de Ronnie, que seria seu amigo de infância e pediu para guardá-las e não abri-las.
➤ Leia também: O mais importante neste momento é saber quem mandou matar Marielle
Marcelo Ahmad explicou que o reconhecimento de Souza como “laranja” de Ronnie já é um dado que faz parte das investigações da polícia quanto ao assassinato de Marielle e Anderson.
Nesta sexta-feira 15, o Coaf identificou um depósito, considerado atípico, de 100 mil reais na conta de Ronnie Lessa, feito sete meses após o assassinato de Marielle e Anderson.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.