Sociedade

Criminosos incendeiam carro de afiliada do SBT e agridem repórter no Espírito Santo

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se manifestou em solidariedade ao cinegrafista agredido e cobrou investigação do caso

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Criminosos incendiaram um carro da reportagem da TV Tribunal, afiliada do SBT no Espírito Santo, renderam e agrediram um repórter cinematográfico da emissora no Complexo da Penha, na capital Vitória. O caso aconteceu na manhã desta terça-feira 11.

Segundo informações da emissora, a ação teria acontecido quando o repórter Alex Nepomuceno iria encontrar uma equipe de reportagem na região do Morro do Bonfim. Ao chegar no local, o carro foi cercado por bandidos armados que ordenaram que ele saísse do veículo – ele foi vítima de uma coronhada da cabeça e de tortura psicológica.

Um dos criminosos chegou a entregar munição nas mãos do cinegrafista, pedindo que este levasse os itens à repórter policial do SBT Suzy Faria. Câmera e outros equipamentos do cinegrafistas foram destruídas e as equipes de reportagem de outros veículos que estavam no local precisaram sair sob escolta.

A capital capixaba registra episódios de violência em áreas dominadas pelo tráfico desde a segunda-feira 10, após um homem identificado como Jonathan Cândida Cardoso, de 26 anos, que supostamente trabalhava como segurança de um traficante, morreu durante conflito com a polícia, no Bonfim.

O repórter agredido prestou registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia Regional de Vitória. Um menor supostamente envolvido no episódio foi apreendido pela Polícia Civil. Em nota, a Rede Tribunal disse que repudia qualquer tipo de agressão aos profissionais da imprensa e afirmou que o profissional “está bem e recebe todo o apoio da empresa”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se manifestou em solidariedade ao cinegrafista agredido. Em nota, a entidade pede que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo investigue se o caso teve o objetivo de “instalar um clima de insegurança entre os profissionais que estão na rua, reportando casos de interesse público”, e calar a imprensa.

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