O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária abriu, nesta segunda-feira 10, uma representação ética contra a campanha publicitária da Volkswagen que usou inteligência artificial para “recriar” a cantora Elis Regina, que morreu em 1982.
Na peça VW Brasil 70: O novo veio de novo, assinada pela agência AlmapBBDO, Elis aparece cantando com a filha Maria Rita para apresentar o novo modelo de kombi elétrica da montadora.
Segundo o Conar, o processo nasceu de queixas de consumidores e avaliará se é ético ou não o uso de ferramenta tecnológica e IA para trazer uma pessoa morta “de volta à vida”. O órgão afirma que se baseará no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, em particular nos princípios de respeitabilidade – à personalidade e à existência da artista – e veracidade.
O Conar informou ainda haver questionamentos sobre a possibilidade de o uso da tecnologia provocar confusão entre ficção e realidade, principalmente para crianças e adolescentes.
A representação será julgada nas próximas semanas por uma das câmaras do Conselho de Ética do Conar. Em regra, o julgamento ocorre cerca de 45 dias após a abertura da representação.
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