Caso Marielle: novo delegado manterá próximos passos em sigilo

Missão de Daniel Rosa é esclarecer quem mandou matar a vereadora e a motivação do crime

Manifestantes fazem passeata no centro do Rio de Janeiro para lembrar 120 dias do assassinato da Vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, e as vítimas durante operações policiais no combate ao tráfico de drogas.

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O novo chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro (DH-Capital), Daniel Rosa, tomou posse nesta segunda-feira 25 com a missão de esclarecer o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Rosa disse que a elucidação do crime é o principal compromisso da divisão.

O sargento reformado da PM, Ronnie Lessa, e o ex-PM Élcio Queiroz, suspeitos dos assassinatos, foram presos às vésperas do crime completar um ano, em 14 de março. O mandante e a motivação do crime permanecem desconhecidos.

O desdobramento do caso faz parte da segunda etapa da investigação e contará com “o mesmo tratamento e tecnologia” utilizados na etapa anterior, garantiu Rosa. Por meio do cruzamento de dados dos celulares dos suspeitos, no local do crime, foi possível identificá-los.

“Nessa investigação, em especial, serão aplicadas todas as técnicas que já vinham sendo feitas pela Polícia Civil e vamos seguir”, declarou Rosa, no evento de posse. “[Quem mandou executar Marielle e Anderson?] Essa é a pergunta que todos querem uma resposta.”

Segundo o delegado, desde que a mudança no comando foi anunciada, policiais vêm trabalhando na transição para que nenhuma investigação seja prejudicada. Novos passos do caso Marielle, especificamente, serão mantidos em sigilo. “Não tem como precisar o tempo [da resolução]. Se é um ano, seis meses, dois anos. Trabalharemos arduamente”.

O delegado Daniel Rosa assume a DH com a saída de Giniton Lages, que foi afastado do caso e fará um curso de especialização no exterior. O secretário da Polícia Civil Marcus Vinicius Braga deu boas vindas ao novo chefe, oferecendo apoio nas investigações.


 

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