Sociedade

Casamentos homoafetivos crescem 20% e atingem recorde no Brasil, aponta IBGE

Volume recorde de uniões de pessoas do mesmo sexo aparece nas Estatísticas do Registro Civil de 2022, divulgadas nesta quarta-feira 27, pelo instituto

“O debate acerca da possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo toma, desnecessariamente, dimensões enormes”, disse o juiz
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O número de total de casamentos no Brasil subiu 4% em relação a 2021, passando de 932.502 para 970.041. Os dados do Registro Civil, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira 27, também mostram um recorde na quantidade de uniões homoafetivas no mesmo período e em todas as regiões do País. 

O casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu 20%, chegando a 11 mil registros. Esse é, segundo o instituto, o maior volume de uniões homoafetivas desde a resolução do Conselho Nacional de Justiça que garantiu o direito à população LGBTQIA+ ao casamento civil, em 2013. Os casais formados por duas mulheres representam 60% do total. 

O levantamento, importante frisar, considera apenas os casamentos civis registrados em cartório, e não as uniões estáveis.

Divórcios

Apesar de o número total de casamentos ter aumentado de 2021 para 2022, a média anual continua caindo desde a pandemia de Covid-19. Antes o volume anual de casamentos era de cerca de 1 milhão, tendo caído abaixo desse patamar a partir de 2020. A única exceção são as uniões homoafetivas, que crescem ano a ano desde 2013. 

Na contramão, os divórcios subiram 7,9% no período, somando 420 mil casos em 2022, conforme mostra o IBGE nesta quarta-feira. Desses, 81,1% ocorreram na Justiça e 18,9% foram assinados sem recorrer aos tribunais.

A média do tempo casado diminuiu. Em 2022, um casamento durava, em média, 13,8 anos. Em um levantamento anterior, de 2010, a duração média de um casamento era de 15,9 anos.

Já a idade das pessoas que mais se divorciam registrou um aumento. Em 2022, homens se divorciaram aos 44 anos, em média, e as mulheres, aos 41. Em 2010 os homens se separaram aos 42,6 anos, e as mulheres, aos 39,4.

A maioria dos divórcios registrados no último ano (90,6%) foram em comunhão parcial de bens. Divórcios com comunhão universal de bens foram 5,1% dos casos e com separação total, foram 4,3%.

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