Cerca de 130 búfalas foram retiradas da Fazenda Água Sumida, em Brotas, no sábado 9, e encaminhadas para um santuário de animais.
O início do resgate do rebanho, que conta com cerca de 950 cabeças, atende a uma decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, de 13 de novembro, que passou a tutela dos animais a duas instituições: Santuário Vale da Rainha Resgate e Conscientização, que recebeu os primeiros animais resgatados, e Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos.
Na decisão, também ficou determinado que as instituições poderão permanecer na fazenda pelo prazo de 90 dias, período em que deve ser finalizada a retirada dos animais. Além das búfalas, há 56 cavalos que também serão resgatados.
O caso das búfalas de Brotas se arrasta desde novembro de 2021, época em que veio à tona a situação de maus-tratos aos quais os animais, à época um rebanho de 1.100 cabeças, foram colocados pelo proprietário do local, Luiz Augusto Pinheiro de Souza.
A reportagem de CartaCapital esteve no local e se deparou com muitos animais mortos, privados de alimentação e água, e outros que lutavam pela vida, sob atendimento emergencial protagonizado por instituições de proteção animal e voluntários.
Segundo informações do inquérito policial, o proprietário da fazenda estava arrendando as terras para o cultivo de soja, motivo pelo qual transformou os pastos em campos de plantações, deixando os animais à deriva. As búfalas eram utilizadas para a extração de leite. O caso foi considerado um dos piores envolvendo maus tratos a animais na história do País.
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