O presidente Jair Bolsonaro limitou seu comentário sobre a morte de nove jovens na favela de Paraisópolis ao dizer que “lamenta a morte de inocentes”.
O posicionamento, primeiro feito desde a ocorrência do tumulto na madrugada do domingo 01, foi feito quando o presidente saía do Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira 02.
A Polícia Militar de São Paulo alega que houve perseguição a dois homens em uma motocicleta, que atiraram contra os agentes que realizavam a Operação Pancadão na região de Paraisópolis. Na perseguição, a moto teria ido em direção ao baile funk “efetuando disparos, ocasionando um tumulto entre os frequentadores do evento”, diz nota da Secretaria de Segurança Pública. Na dispersão, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, afirma a SSP.
No entanto, moradores gravaram a ação de policiais pelas ruas de Paraisópolis e flagraram ações truculentas contra os participantes do baile. Algumas pessoas chegaram a ser encurraladas em becos e espancadas com chutes e golpes de cassetetes, mostram as imagens. A PM afirmou que irá levar o caso à Corregedoria da corporação.
Ainda na tarde de ontem, o governador de São Paulo, João Doria, disse “lamentar profundamente” o ocorrido e defendeu uma investigação conduzida pelo Secretário de Segurança Pública, General João Camilo Pires de Campos, coronel do Exército.
Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio.
— João Doria (@jdoriajr) December 1, 2019
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