Após operações policiais, Baixada Santista registra 57 mortes pela PM em 2 meses

O número é cinco vezes maior do que o registrado nos dois primeiros meses do ano passado

Divulgação/Governo do Estado de SP

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Os policiais militares de São Paulo mataram 57 pessoas na Baixada Santista entre janeiro e fevereiro, um número cinco vezes maior do que o registrado no ano passado. 

Os dados são do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) divulgados nesta segunda-feira 4. 

Ao considerar a letalidade policial no Estado, o aumento é de 94%. Em 2023, foram 49 mortos por PMs, enquanto neste ano chegaram a 112 mortos.

Desde o início do ano, as cidades da região são alvos de duas operações simultâneas. A Operação Escudo, deflagrada após a morte de um agente policial em janeiro, e a Operação Verão, que ocorre rotineiramente neste período do ano nas cidades do litoral paulista.

No domingo 3, uma visita da comitiva do Ouvidor das Polícias, Cláudio Aparecido da Silva, foi às comunidades onde foram registradas mortes.

Os moradores denunciaram execuções, torturas, invasões a domicílios e abordagens truculentas da PMSP desde o início das operações, em janeiro deste ano.


“Tem todo tipo de reclamação por parte dos moradores que nos abordam nas ruas, pessoas extremamente aterrorizadas, não se sentindo seguras, dizendo que têm inclusive se restringido a ficar em casa em razão da forte presença e da forma tão agressiva quanto as forças de segurança têm estado nos territórios”, disse Claudio Silva.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública alega que “As MDIP [mortes em decorrência de intervenção policial] são consequência direta da reação violenta de criminosos à ação da polícia. A opção pelo confronto é sempre do suspeito, que coloca em risco a vida do policial e da população”.

(Com informações da Agência Brasil)

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