Sociedade

Após morte de soldado, PM anuncia nova Operação Escudo

Foi deflagrada pela primeira vez em julho de 2023 e deixou ao menos 28 pessoas mortas, se tornando a mais letal da polícia paulista desde o Carandiru

Divulgação/Governo do Estado de SP
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A Polícia Militar de São Paulo anunciou neste sábado 27 uma nova Operação Escudo na região do litoral sul do estado. O anúncio acontece após a morte do policial militar Marcelo Augusto da Silva, que atuava na Operação Verão.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a nova operação tem o objetivo de identificar e responsabilizar os criminosos que participaram do crime.

Ele foi baleado na cabeça na madrugada dessa sexta-feira 26. O soldado voltava para casa de moto no km 63 da Rodovia dos Imigrantes, sentido capital.

Guilherme Derrite, Secretário da Segurança Pública de São Paulo, afirmou que os serviços de inteligência das polícias já estão trabalhando para identificar os criminosos.

“Estamos realizando saturação nas imediações do crime. Isso não ficará impune. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, afirmou.

Operação Escudo na Baixada Santista

Esta será a sétima operação com esse ano. Em julho de 2023 foi deflagrada a primeira operação Escudo da gestão bolsonarista em SP após o assassinato de um agente de segurança no litoral do estado.

Em um mês de atividade, a operação deixou ao menos 28 pessoas mortas, se tornando a mais letal da polícia paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992.

Os policiais envolvidos na operação foram acusados de violência extrema contra moradores da região, que relatavam casos de ameaças e torturas cometidos pelos agentes.

Para realizar a operação, diversos batalhões do estado foram convocados para reforços. Os batalhões convocados não usavam as câmeras de segurança em seus uniformes.

Segundo uma reportagem do UOL, as vítimas da operação não passaram por perícia e os PMs envolvidos teriam alterado as circunstâncias das mortes.

A operação foi alvo de denúncia de diversos órgãos em prol dos direitos humanos, que revelaram ter havido tortura.

Em dezembro, um sargento e um soldado, envolvidos na operação, se tornaram os primeiros réus. A Justiça acusou a dupla de matar um morador da região que não oferecia riscos. Segundo os promotores, os agentes teriam forjado a cena do crime para justificar a morte.

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