Política
Afundamento do solo de mina da Braskem chega a 2,09 m; Senado deve instalar CPI na semana que vem
A comissão parlamentar de inquérito já tem definidos nove de seus 11 integrantes titulares


A Defesa Civil de Maceió (AL) informou no fim da tarde desta sexta-feira 8 que o afundamento do solo na área de uma mina da Braskem sob risco de colapso é de 0,21 centímetro por hora, totalizando 2,09 metros desde o início do monitoramento. Nas últimas 24 horas, o movimento foi de 5,2 centímetros.
No boletim anterior, divulgado na manhã desta sexta, a velocidade de afundamento era de 0,23 centímetro por hora.
A atualização mantém o alerta devido ao perigo de colapso da mina nº 18, no bairro do Mutange. A Defesa Civil reforça a recomendação de que as pessoas não devem transitar pela área desocupada.
Investigação
A CPI da Braskem no Senado já tem definidos nove de seus 11 integrantes titulares, informou Renan Calheiros (MDB-AL), o principal articulador do colegiado.
A tendência é que a instalação da comissão ocorra na próxima terça-feira 12.
Já foram indicados:
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Efraim Filho (União-PB);
- Rodrigo Cunha (União-AL);
- Dr. Hiran (PP-PR);
- Wellington Fagundes (PL-MT);
- Eduardo Gomes (PL-TO);
- Renan Calheiros (MDB-AL); e
- Cid Gomes (PDT-CE).
Os suplentes já indicados são Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Leila Barros (PDT-DF), Jayme Campos (União-MT) e Cleitinho (Republicanos-MG).
A investigação parlamentar deve se debruçar sobre os danos socioambientais provocados em Maceió pela empresa petroquímica Braskem após anos de exploração de sal-gema, matéria-prima da soda caústica.
A situação é fruto de um processo que se agravou nos últimos anos. Em 2018, cavernas abertas pela extração, realizada pela companhia desde o final dos anos 1990, começaram a ser fechadas após cinco bairros passarem a afundar. Ao menos 50 mil pessoas foram afetadas.
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