Saúde

Covid-19: Vacina chinesa não teve efeito colateral em 94,7% dos voluntários, diz estudo

Estudo apontou ausência de efeitos adversos em 95% de voluntários na China

O governador João Doria (PSDB). Foto: Governo do Estado de São Paulo
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A vacina contra a Covid-19 criada pelo laboratório chinês Sinovac, conhecida como “Coronavac”, mostrou-se segura em seu teste da fase 3, que envolveu 50 mil voluntários na China. O imunizante é produzido em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

 

A informação foi apresentada nesta quarta-feira 23 pelo governador João Doria (PSDB).

Representantes afirmam que quase 94,7% dos voluntários no país asiático não apresentaram efeitos adversos. Segundo o estudo chinês, apenas 5,36% apresentaram efeitos adversos, como dor no local da vacina (3,08%), fadiga (1,53%) e febre (0,21%).

A partir das 67.260 doses aplicadas, o estudo concluiu “excelente perfil de segurança”.

Outros dez países sediam testes da vacina. No Brasil, a vacinação só ocorrerá se for comprovada a eficácia da imunização contra a Covid-19.

Com a comprovação da eficácia, será preciso ainda obter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo o governador, o primeiro lote de 5 milhões de doses da vacina Coronavac, para serem aplicadas em São Paulo, chegará ao Butantan no mês de outubro.

Com a aprovação da Anvisa, o governo diz que poderá iniciar a imunização a partir da segunda quinzena de dezembro, com critérios da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e do Ministério da Saúde. Os primeiros a receberem a vacina devem ser médicos e paramédicos.

Até 31 de dezembro, serão mais 46 milhões de doses da Coronavac; até 28 de fevereiro, mais 60 milhões. Doria afirmou que já foram feitas negociações com o governo federal para que o Ministério da Saúde possa comprar mais 40 milhões de doses, para permitir a vacinação da população de outros estados.

Farpas contra Bolsonaro

Na coletiva de imprensa, Doria aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro em relação ao discurso do Brasil na Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU). Em vídeo gravado, Bolsonaro acusou a imprensa de promover pânico na crise do coronavírus e culpou índios e caboclos pelas queimadas na Amazônia.

“O vírus não foi embora. Não tirou férias. E nunca foi um resfriadozinho”, disse o governador. “Como nunca foram também caboclos e índios os responsáveis pelo desastre ambiental na Amazõnia brasileira.”

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