Saúde
Testes da vacina de Oxford são reiniciados no Brasil nesta segunda-feira
A fase 3 do estudo foi paralisada devido à uma reação relatada por um dos voluntários no Reino Unido


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que os testes da vacina de Oxford, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, sejam retomados no Brasil a partir desta segunda-feira 14.
“Os ensaios clínicos da vacina contra o coronavírus AstraZeneca Oxford, AZD1222, serão reiniciados no Brasil na próxima segunda-feira, 14/09, após a confirmação emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia de hoje, 12/09, de que é seguro o recomeço”, disse o laboratório.
A Anvisa concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado.
“Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a Anvisa concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado. É importante destacar que a Anvisa continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes”, disse a agência em nota divulgada.
Parceria com Brasil
O Brasil é um dos países que participam da pesquisa sobre a “vacina de Oxford”, como ficou conhecida. Em julho, o Ministério da Saúde fez um acordo entre a AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a produção do imunizante contra o coronavírus no País.
Caso seja comprovado futuramente que o imunizante é eficaz e seguro, serão transferidos tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para o Brasil.
O governo do presidente Jair Bolsonaro aposta na pesquisa. O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer na terça-feira 08 que a partir de janeiro começaria a campanha de vacinação contra o coronavírus.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Grupos antivacina aumentam conspirações com avanço de pesquisas sobre coronavírus
Por Giovanna Galvani
STF vai decidir se Estado pode obrigar pais a vacinarem os filhos
Por Estadão Conteúdo